''$nome – Paredes do silêncio''
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Você está prestes a entrar na história de $nome, uma pessoa presa entre lembranças e muros de um hospital psiquiátrico. As escolhas que fizer irão moldar sua jornada em busca de liberdade, identidade e esperança.
Está preparado(a)?
[[Vamos lá->Início]]:: Início
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$nome desperta com os braços pesados, como se carregasse o próprio corpo há anos. Está sobre uma cama de ferro, em uma sala fria e úmida. Do corredor, chegam gritos que rompem o silêncio — vozes marcadas por desespero, dor e solidão.
A única janela da sala é minúscula, cravada no alto da parede, mas deixa entrar um feixe estreito de luz que mal alcança o chão. A claridade fraca parece a única coisa viva naquele lugar.
A sós, $nome leva a mão ao bolso do avental. Sente algo ali dentro: um papel amassado... Um bilhete.
O que deseja fazer?
* [[Ler o bilhete->O bilhete]]
* [[Ignorar o bilhete e levantar da cama->O corredor]]“Lembre-se de quem você é. A liberdade começa dentro.”
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A caligrafia é familiar, com traços firmes, mas suaves. Seria da Luciana? Sua irmã mais nova sempre escrevia assim, com letras redondas e cuidadosas. Ou talvez fosse de alguma enfermeira com quem já não consegue lembrar o nome.
$nome aperta o bilhete com força, como se pudesse extrair dali um sentido: Esperança!
O que você quer fazer?
* [[Guardar o bilhete e caminhar até a janela->A luz]]
* [[Procurar por quem escreveu->O pátio]]$nome caminha até a porta, o coração acelerado como se cada passo fosse proibido. A maçaneta fria em sua mão parece mais real que tudo ao redor.
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Um enfermeiro, vê e grita, a voz cortando o silêncio do corredor:
— Volte para o quarto!
$nome congela.
* [[Enfrentar o enfermeiro->Enfrentar]]
* [[Obedecer e se calar->Obedecer]]$nome levanta os olhos para o feixe de luz que atravessa a janela alta.
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Por um instante, não está mais ali. Está no quintal de casa, ainda criança, com os pés descalços afundando na terra molhada depois da chuva. Luciana corria ao redor, rindo, com as tranças balançando ao vento.
O cheiro do barro, o calor do sol... tudo volta com uma nitidez dolorosa.
* [[$nome foge do hospital->Fim 1]]$nome sai escondido, com passos cautelosos, evitando os rangidos do chão velho.
Chega ao pátio — um espaço cinzento cercado de muros altos, mas onde o céu ainda aparece.
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Uma mulher da limpeza varre perto do banco de cimento. Quando vê, não se assusta.
Apenas sorri, discreta.
Ela limpa as mãos no avental e faz um gesto sutil com os dedos, como quem revela um segredo:
— Fui eu quem escreveu pra você.
$nome sente o peito apertar. As lágrimas vêm antes que consiga evitá-las.
Ficou tanto tempo em silêncio... alguém ainda se importava.
* [[$nome não consegue fugir->Fim 2]]$nome respira fundo e encara o enfermeiro com a voz trêmula, mas firme:
— Quero ar. Só isso!
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O enfermeiro dá um passo à frente, pronto para contê-lo(a), os olhos duros de quem já não escuta. Mas antes que algo aconteça, outro funcionário se aproxima, mais jovem, mais atento:
— Deixe $nome em paz! Não está fazendo fazendo nada de errado...
O silêncio que segue é pesado. $nome sente o próprio peito subir e descer com força. Não fugiu, não gritou, não quebrou nada. Apenas falou.
E, pela primeira vez em muito tempo, alguém o(a) ouviu.
* [[$nome sai com a desinstitucionalização->Fim 3]]$nome volta ao quarto. Senta na cama, sem forças.
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A chance passou — e ele(a) sabe.
Fecha os olhos devagar.
Talvez amanhã tenha coragem.
[[$nome não consegue fugir->Fim 2]]$nome escapa durante a troca de turnos, quando os passos apressados dos enfermeiros encobrem os seus.
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Não olha para trás — não por coragem, mas por medo de congelar. Corre até os pulmões queimarem, até as pernas fraquejarem.
A cidade lá fora é estranha, barulhenta e fria. O vento no rosto não tem grades, não tem voz mandando voltar.
$nome respira fundo. Pela primeira vez em anos, o ar não tem cheiro de remédio.
Conseguiu fugir. Mas as marcas do lugar ainda caminharão juntos. E Luciana, em algum lugar, ainda o(a) espera.
Ainda irão se encontrar...
Fim.
* [[Recomeçar->Nome]]$nome não conseguiu escapar.
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O tempo passa devagar, como o tique-taque insistente de um relógio quebrado na parede — sempre marcando a mesma hora, como se o mundo tivesse parado ali.
$nome escreve pensamentos soltos em guardanapos, frases que surgem como ecos de si mesmo(a).
À noite, deita em silêncio e fecha os olhos. Sonha com a porta se abrindo devagar, com o sol atravessando os corredores.
$nome ainda sonha com a liberdade...
Fim.
* [[Recomeçar->Nome]]Tempo se passou, o hospital é desativado.
Uma equipe da saúde chega e acolhe $nome.
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Caminha para fora — sem algemas, sem contenção, sem gritos.
Agora, com ajuda, ele(a) reaprende a viver.
A desinstitucionalização dos manicômios foi a luz no fim do túnel.
E $nome, enfim, reencontra o caminho de volta para si.
Liberdade!
Fim.
* [[Recomeçar->Nome]]Escolha o nome do personagem:
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(input-box: bind $nome, "", 1)
[[Iniciar->Introdução]]